domingo, 16 de novembro de 2008

'não essas turbulentas mãos torcidas, esse telhado escuro sem estrela"

como uma raquete de tênis ou um
vidro quebrado, eu brado e quebro
e peço por pés e acabo pisando em
agulhas.
só fogo saindo da boca e fumaça
pelos ouvidos, eu grito e
choro e
choro.

-lili

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Na mesa com medievais

Bando de
Bárbaros
de rosto liso:

Batendo martelos na
madeira, vestidos de
preto-da-lei,
brincando de ser
adulto, perdendo a
juventude.

Tão tolos quanto
sempre, com medo
de se cortar, sem
coragem para o sangue,
buscam refúgio nas coisas
"concretas"

Não vêem que é tudo
fumaça-e-espelhos
(e que a Noite ilumina as portas)

por lili

sábado, 1 de novembro de 2008

reflexões de meio de tarde

sem fôlego,
umas flores rosas eram borboletas
no vento
e as montanhas diminuíam à visão
das pessoas se divertindo
em piscinas
e hotéis.

na minha varanda só há plantas
cadeiras e
chão;
não me divirto tanto assim quando é sol.

-lili