esses narizes
são bem parecidos
e eu sinto que me
ensinam alguma
lição:
'não chegue tão
perto, não fique
muito longe e
opere com cautela'
mas quem liga?
-lili
sábado, 30 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
quem diria, a gente não esperava nada
senti sim
a água fresca,
quase gelada,
nesse calor
infernal,
me encher
de novas
vontades;
agora sei,
mais uma
vez, que não
há desistência
que leve
a bom resultado,
pois o
Insólito está
espalhado por aí,
escondido em
cada esquina,
imprevisível
como um jogo
de cartas,
digamos.
lili
a água fresca,
quase gelada,
nesse calor
infernal,
me encher
de novas
vontades;
agora sei,
mais uma
vez, que não
há desistência
que leve
a bom resultado,
pois o
Insólito está
espalhado por aí,
escondido em
cada esquina,
imprevisível
como um jogo
de cartas,
digamos.
lili
domingo, 17 de maio de 2009
Odeio damien rice 2
Será possível coreografar um passo dissolvido?
se para frente ja foi difícil entender,
imagina para trás, onde não enxergo!
por anouk
se para frente ja foi difícil entender,
imagina para trás, onde não enxergo!
por anouk
eu odeio damien rice
O gato da Alice mais uma vez
me sorri
Sorri-me
E aparece em uma árvore
ainda mais baixa
Baixa como o golpe
que sem perceber você
me aplica.
Me deixa outra vez
a perguntar-me:
Onde quero chegar?
Afinal, encontrar não é NADA
e a gente ainda se esbarra por ai.
por anouk
me sorri
Sorri-me
E aparece em uma árvore
ainda mais baixa
Baixa como o golpe
que sem perceber você
me aplica.
Me deixa outra vez
a perguntar-me:
Onde quero chegar?
Afinal, encontrar não é NADA
e a gente ainda se esbarra por ai.
por anouk
sexta-feira, 15 de maio de 2009
sauerputzen
você me faca
não me faça
facar você com
essas facas todas;
eu faco pois voce
me usa, ei, não
faça uso dessa faca!
-lili
não me faça
facar você com
essas facas todas;
eu faco pois voce
me usa, ei, não
faça uso dessa faca!
-lili
terça-feira, 12 de maio de 2009
"Anthony viu-se associando a própria vida com a vida do ascensorista noturno do prédio"
não me cega, maldita!
e tira esse sinistro do
meu olhar. eu sei
bem o que me irrita,
mas não quero palpitar
por instinto tão mesquinho
que borbulha na minha
veia, tampouco
dissolver meu ninho
em mil metros de areia.
pois foi árdua a construção
que ameaças sem pudor;
devo aceitar tal 'não'
e engolir esse furor,
afinal,
não é a falta de dialética
que esmagará minha ética.
lili
e tira esse sinistro do
meu olhar. eu sei
bem o que me irrita,
mas não quero palpitar
por instinto tão mesquinho
que borbulha na minha
veia, tampouco
dissolver meu ninho
em mil metros de areia.
pois foi árdua a construção
que ameaças sem pudor;
devo aceitar tal 'não'
e engolir esse furor,
afinal,
não é a falta de dialética
que esmagará minha ética.
lili
domingo, 10 de maio de 2009
"Nada viaja mais rápido do que a velocidade da luz, com exceção talvez das más notícias, que obedecem leis próprias e especiais."
me deliciando
com cada gota
desse sentimento
repugnante,
transbordando
pelas palavras.
ainda assim,
sinto sede.
enquanto a
música berra
nos ouvidos,
a fumaça
é aspirada
pelo peito,
sede.
quando menos
esperado,
você voltou
a estampar
na minha cara
esse sorriso
maligno.
doce,
eu quase senti
sua falta.
lili
com cada gota
desse sentimento
repugnante,
transbordando
pelas palavras.
ainda assim,
sinto sede.
enquanto a
música berra
nos ouvidos,
a fumaça
é aspirada
pelo peito,
sede.
quando menos
esperado,
você voltou
a estampar
na minha cara
esse sorriso
maligno.
doce,
eu quase senti
sua falta.
lili
sábado, 9 de maio de 2009
Thelma, my one and only
e no meio do todo,
em mim ainda vazio,
eu te vi.
ao abrir de uma
porta, o acender
dumas luzes,
estavas sozinha
no escuro.
há tempos não
te via, e pensava
que assim seria,
após o grande
carnaval;
mas fizeste
com que eu
transbordasse,
como o ar que
enche o teu corpo
cortavam-me
o fôlego incessante-
mente,
com o desdém
do falso fabuloso.
queria que todos
ali se
fodessem.
querida, mais uma vez,
(você é certamente um
sinal, eu penso)
me salvou da solidão
de uma rua cheia
demais.
lili
em mim ainda vazio,
eu te vi.
ao abrir de uma
porta, o acender
dumas luzes,
estavas sozinha
no escuro.
há tempos não
te via, e pensava
que assim seria,
após o grande
carnaval;
mas fizeste
com que eu
transbordasse,
como o ar que
enche o teu corpo
cortavam-me
o fôlego incessante-
mente,
com o desdém
do falso fabuloso.
queria que todos
ali se
fodessem.
querida, mais uma vez,
(você é certamente um
sinal, eu penso)
me salvou da solidão
de uma rua cheia
demais.
lili
quarta-feira, 6 de maio de 2009
kino
volto a cair na sua cama:
ah, o cheiro desses lençóis
que há tanto não me envolviam,
a dureza dos travesseiros,
(um lembrete do perigo
constante)
e a eterna dúvida do que
acontecerá a seguir.
enquanto o tempo passa
eu caminho lentamente
te observando, ousando
experimentar-te, a passear
por uns fios de cabelo, ah,
sim, me preparando do
jeito que posso pra que
você seja um comigo.
eu ouço falarem de ti,
começo a ruborizar,
as íris brilham, eu,
ah,
mal posso esperar.
lili
ah, o cheiro desses lençóis
que há tanto não me envolviam,
a dureza dos travesseiros,
(um lembrete do perigo
constante)
e a eterna dúvida do que
acontecerá a seguir.
enquanto o tempo passa
eu caminho lentamente
te observando, ousando
experimentar-te, a passear
por uns fios de cabelo, ah,
sim, me preparando do
jeito que posso pra que
você seja um comigo.
eu ouço falarem de ti,
começo a ruborizar,
as íris brilham, eu,
ah,
mal posso esperar.
lili
terça-feira, 5 de maio de 2009
Ainda inconformada com o declínio dos anos 20 ou Apelo à Gloria G.
palavrinhas diminutas
acentuam a beleza
dos seus gestos fabulosos:
a cabeça reclinada pra
trás numa risada embriagada
(que impregnou o veludo
cinzento do seu vestido),
os cabelos ondulantes
no vento morno que
sibilava sobre o asfalto--
suas bochechas são
feitas de pele tão fina!
não, não feche a boca
novamente, sua idiotinha;
esses lábios voltam a se
curvar pros cantos demasiado
rápido, apodrecendo os
convidados como o
carpete que fede a high balls.
você amou amargamente,
aceitou e sucumbiu à vida
ali te imposta de modos
antes inimagináveis,
ardeu de lágrimas e soube
que as manhãs eram sempre
cálidas ao seu lado:
por que, então, o abandonaste?
lili
acentuam a beleza
dos seus gestos fabulosos:
a cabeça reclinada pra
trás numa risada embriagada
(que impregnou o veludo
cinzento do seu vestido),
os cabelos ondulantes
no vento morno que
sibilava sobre o asfalto--
suas bochechas são
feitas de pele tão fina!
não, não feche a boca
novamente, sua idiotinha;
esses lábios voltam a se
curvar pros cantos demasiado
rápido, apodrecendo os
convidados como o
carpete que fede a high balls.
você amou amargamente,
aceitou e sucumbiu à vida
ali te imposta de modos
antes inimagináveis,
ardeu de lágrimas e soube
que as manhãs eram sempre
cálidas ao seu lado:
por que, então, o abandonaste?
lili
domingo, 3 de maio de 2009
uma notinha:
ah!, que novo,
quanta graça
sob essa luz azul,
nessas alamedas
desconhecidas, os
postes acesos e as
caras frescas, muito
frescas, que nem
essa brisa incrível
que já tinha esquecido
como podia ser,
sair por aí, respirar
outro ar e ver
riso em todo canto
desse chão inédito!
lili
quanta graça
sob essa luz azul,
nessas alamedas
desconhecidas, os
postes acesos e as
caras frescas, muito
frescas, que nem
essa brisa incrível
que já tinha esquecido
como podia ser,
sair por aí, respirar
outro ar e ver
riso em todo canto
desse chão inédito!
lili
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