era como travesseiros,
tecidos com relatos dos
injustiçados, que
compunham quartos antigos.
não entrávamos em pânico,
e assim entranhamos em
terra de ninguém
(bem fomos avisadas);
até que se soube que aquilo
era o todo e já era
indesculpável.
passaram casas
suficientes para
caírem (ou cairmos
todos) em nostalgia,
implorando em silêncio
para fingir que nunca
saímos do imaginário
(onde ainda ríamos histéricas,
sem caretas)
e toda aquela graça,
nunca pudemos compartilha-la
além dos nossos
sussurros e olhares.
claro que só o
que prosperou foi
meu amor por você.
- lili, para alice