segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

poema para o breves

(peço desculpas adiantadas pela pobre qualidade do que segue)

atrás das colinas verdes,
de braços curtos e barba ruiva,
morava Alberich na maior
casa do vilarejo, onde os
olhos azuis de sua Freya
pairavam muitos centímetros
acima dos seus.

do meio das longas pernas
de sua longa esposa, vieram
longos filhos que acalmavam
seu pequeno coração. uma
noite despreocupada de amor,
entretanto, fez surgir seu
maior temor - um
menino indesejado
tão pequenino
quanto ele mesmo.

os anos continuaram
a aumentar, a altura
estagnou, seu desgosto
dominou a convivência;
como ensinar a solidão
do anão a tão jovem
soldado?

com bravura, no entanto
assumiu seu papel: como
duas moedas do mesmo
pote de ouro, o fardo de um
é o peso do outro; enfrentando
então sua dura missão,
Alberich, grande pai
aprendeu a lição
de que ser diferente era
ganho também e Dvalin,
o júnior, soube como ninguém
sobre a vida esforçada
de todo anão e que o mundo
é duro quando perto do chão.

as décadas voam e a grama
sorri por trás das verdes colinas:
na vila já se tem um punhado
de casas altas como a que cresceu--
Dvalin trouxe revolução e paz
para o povo do nanismo
e com o martelo de raios,
concedido por Thor,
demonstrou ao seu mundo
que altura diminuta não
se proporciona igual
à importância;
valiosos valores ensinou-lhe
seu pai que, de coragem honesta,
apontou simples fato:
pra construir boa vida, não
é preciso ser alto.

lili

Um comentário:

Lili disse...

que historia é essa?


brinks hihi