terça-feira, 2 de setembro de 2008

Aquele pouco de nada

O pano listrado
que envolve meu pescoço,
não está ali para me aquecer

Apesar de fazê-lo.

Porque não puxa logo,
Pela ponta,
E acaba de uma vez essa volta?

Volta logo.

A regressão é dolorosa,
porém,
Aos poucos e levemente,
Involuntariamente [!]
Meu pé em ponta,
sobe minha perna,

Então aquele simples giro,
visando a volta,
torna-se eterna pirueta.


Bravo.






por anouk

Um comentário:

daniela disse...

Vejo circo e sensualidade no seu poema... e gostei do jogo de palavras, "volta", "volta".......