segunda-feira, 29 de março de 2010

Radiação

tudo o que há de pior
era como travesseiros,
tecidos com relatos dos
injustiçados, que
compunham quartos antigos.

não entrávamos em pânico,
e assim entranhamos em
terra de ninguém
(bem fomos avisadas);
até que se soube que aquilo
era o todo e já era
indesculpável.

passaram casas
suficientes para
caírem (ou cairmos
todos) em nostalgia,
implorando em silêncio
para fingir que nunca
saímos do imaginário
(onde ainda ríamos histéricas,
sem caretas)

e toda aquela graça,
nunca pudemos compartilha-la
além dos nossos
sussurros e olhares.

claro que só o
que prosperou foi
meu amor por você.

- lili, para alice

2 comentários:

Razek Seravhat disse...

Muito bem construído sua proposta pra se fazer um poema de amor...

Se quiser siga o voo da esperança...

me disse...

nãããão!
serve...sim.