terça-feira, 13 de maio de 2008

sexta feira


Romantismo em Roma
Rômulo e Remo
Não poderiam ser mais opostos:
Um era hippie, outro era emo
E toda a emisse a transbordar                                                                  
Conquistou o hippie em um olhar
Incesto!
Romance quase Edipiano
Construíram sua cidade
Em pouco mais de um ano
E a cidade se formou
Com um muro grande
Uma Roma bipolar
O que veio depois
Não é difícil adivinhar
A parte do lado dos emos
Acabou por se matar
Hippies no poder
Todos se puseram a dançar
E o LSD tomou conta do lugar
Togas brancas e largas
Coroas de louro na cabeça
Meditações na casa de banho
Nadavam enquanto dançando!
Até que um dia
O sol não nasceu
O escuro sufocante
Não podia ser mais broxante
E a alma deles se escureceu
Mas um emo nasceu
A escuridão iluminava sua alma
Logo, logo a Roma hippie
Passou a ser regida por novos reis
Mas a natalidade estava caindo
Pois todos os emos são gays!
A história hippie
Ficou guardada
Em um baú no meio da estrada
Três mil anos depois
Numa escavação arqueológica
Fazem a chocante descoberta
E a matéria de Roma Antiga
Enganada nas escolas
Passou a influenciar os jovens
A usar drogas
Felizes e abobalhados
Apenas imitavam a história
O único problema era
A conseqüente falta de memória
A cidade ficou lembrada
Pelos seus elefantes cor-de-rosa
Fuscas voadores
E hippies destruidores
Togas brancas retornam à moda
Coroas de folhas também
"Somos ninfos da floresta,
Vamos voar, amém!"
E tentaram voar.
Os poucos hippies restantes
Da cidade emo
Subiram num penhasco e se entregaram para o vento
Mais felizes do que nunca
Pairando pelo ar
Mergulharam fundo
E viraram espuma do mar
Roma deserta entrou para a história.


por anouk e lili

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