quinta-feira, 19 de junho de 2008

Porque andas calado, meu filho,
Quem o puseste aí?
Fizestes algo terrível, menino,
Porque não estás a sorrir?
E esses versos no chão
Porque não os publicou ainda?
Que esboços de vida são esses, menino,
Diga, meu filho, não minta?

– Foi escolha minha, meu pai.
Disseram-me que não presto,
Que não sou comum o bastante,
Comum como todo o resto.

– E essa minha jaula, pai meu,
Forjei-a com o próprio medo,
E a vida ainda restante
Guardei-a com os livros na estante.

por san

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